Confesso que tenho alguma dificuldade em compreender determinadas atitudes.
Todos nós sabemos que existem pessoas ciumentas, umas mais do que outras. Considero até que o ciúme, quando saudável, ajuda a "apimentar" um relacionamento. Todos nós gostamos de sentir-nos desejados e de saber que o nosso amor procura salvaguardar o que tem de mais precioso.
As coisas complicam-se quando os ciúmes passam a ser doentios. Quando alguém entende que, pelo simples facto de partilhar a sua vida com alguém, adquire o direito de controlar o "outro" ao ponto de impedir que o(a) parceiro(a) converse com os amigos. Revistam-se documentos, controlam-se mensagens e telefonemas, escutam-se conversas, etc...
Casos há em que existem fortes motivos para desconfiar da pessoa que está ao nosso lado. Ou porque já houve antecedentes que justificam essa desconfiança ou porque a pessoa alterou a sua postura e modo de agir, mas nessas situações, só há duas coisas a fazer:
- Esclarecer definitivamente as questões que nos preocupam e colocar uma pedra sobre o assunto;
- Pôr um ponto final na relação, quando adquirimos a noção de que aquela pessoa não nos faz feliz.
Nalguns casos, uma das partes está devidamente identificada como sendo um(a) predador(a).
Tendo consciência da companhia que tem ao seu lado, a outra parte sente-se insegura e vive preocupada as 24 horas do dia. Procura estar a par de todos os passos que a sua cara-metade dá, coloca questões e desconfia de tudo o que lhe é dito.
Considero este género de relacionamentos pouco saudáveis. Um verdadeiro inferno!
Noutras situações, existe uma "vítima" que é perseguida, molestada e importunada por alguém que sofre de uma enorme falta de confiança em si próprio e que chega a temer a própria sombra.
É muito triste viver ao lado de alguém que, sem motivos para tal e por tudo e por nada, é capaz de gerar polémicas e desconfianças sem qualquer fundamento.
Pessoas há que mais parecem um rottweiler enfurecido quando se apercebem que o(a) companheiro(a) está a conversar com alguém ou tem uma nova amizade. Numa fase de desespero absoluto, interferem em todas as conversas e fazem de tudo para marcar presença. Estes comportamentos parecem-me vergonhosos para quem os pratica e geradores de mal-estar para a pessoa que é vítima deles.
Tenho o hábito de dizer que preferia comer uma sopa e pão com manteiga a partilhar os meus dias com alguém assim.
Não suporto homens vadios e mulherengos e como não sou assim, também não permitiria que me infernizassem a vida com desconfianças injustificadas.
Pronto. Já mandei o meu bitaite.
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