...Viverá Sua Santidade no Planeta Terra?
O papa Bento XVI aconselhou, este domingo, os futuros casais a não "queimarem etapas" no seu amor, durante um encontro na cidade italiana de Ancona com cerca de 500 casais de "jovens noivos". Eu até entendo que a intenção não poderia ter sido melhor. Fez o papel que lhe compete, como se de um pai se tratasse. Contudo, tendo em consideração os dias que correm, parece-me quase anedótico acreditar que, entre os 500 casais, houvesse APENAS UM que não tivesse queimado já todas as etapas que havia para queimar. Pois se até os que são casados não respeitam as juras e os votos que fazem aquando da celebração do matrimónio, porque razão haveríam os noivos de respeitar?
A cada dia que passa vou estando mais incrédula com a falta de escrúpulos e de valores que reina na nossa sociedade. Salvaguardando as raras excepções, o que se vê, no dia-a-dia, dá-nos legitimidade para pôr em questão até a genuinidade da união, através do casamento, entre duas pessoas.
Valerá a pena casar apenas por casar? Creio que a maioria dos casais decidem contrair matrimónio apenas pela cerimónia em si. Pela preparação e realização do evento. A festa propriamente dita. No dia seguinte, cada um vai à sua vida e é o salve-se quem puder. Hoje trai o marido, amanhã trai a esposa. O marido não pode dizer nada, mesmo que venha a ter conhecimento da traição porque também já o fez vezes sem conta e tem a consciência pesada. Decide calar-se. E as uniões vão-se "arrantando", até que um dia um deles perde a cabeça e decide jogar tudo para o alto e começar uma nova vida. E a história repete-se. Uma e outra vez.
Nos locais de trabalho as pessoas vendem-se por dá-cá-aquela-palha.
A troco de uma promoçãozeca, de uma acção de formação ou de uma viagem deitam-se até com o porteiro, se fôr necessário.
Quem detém o poder de decisão aproveita-se dessas "vendidas" para passar um bom bocado. É troca por troca.
Eu não critico que as pessoas se relacionem no local de trabalho. Desde que sejam livres, desimpedidas e que não usem as funções que exercem para beneficiar "A" ou "B" sendo que, para isso, por vezes se prejudique, sem motivos para tal, "C" e "D".
Baaahhhhh!! Vou só ali regurgitar. Volto já!
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