Bento XVI aceitou o convite feito pelo Presidente da República(PR), Cavaco Silva, e decidiu visitar Portugal, pela primeira vez, para presidir às cerimónias religiosas de 13 de Maio, em Fátima.
Na sequência da confirmação do Papa, O GOVERNO DECIDIU conceder tolerância de ponto aos trabalhadores da Administração Pública de modo a que estes pudessem acompanhar as ditas cerimónias.
Considerando a actual situação financeira do país, esta decisão do Primeiro Ministro(PM) gerou uma onda de protestos. Os portugueses entendem que NÃO DEVIA TER SIDO CONCEDIDA a já mencionada tolerância de ponto.
A minha modesta opinião: Sou trabalhadora da Administração Pública e estou completamente de acordo com todos os portugueses que discordam da decisão do Governo.
O que considero triste e até de alguma gravidade é que o povo português NÃO SAIBA DIRECCIONAR a sua ira e revolta para quem decidiu erradamente, ou seja, o Governo.
Por acaso alguém me perguntou se eu queria ter tolerância de ponto? Foram os trabalhadores do Estado que convidaram Sua Santidade para vir a Portugal e que pediram ao Governo para que lhes fosse concedida a dita tolerância? NÃO FORAM, POIS NÃO?????? Pois é, mas são esses trabalhadores que, mais uma vez, têm que ouvir e ser capazes de digerir as piadinhas e os insultos que lhes têm sido dirigidos. Sinceramente, confesso-me FARTA e CANSADA deste tipo de discurso.
É demasiado evidente que existe, por parte dos portugueses, um ÓDIO DE ESTIMAÇÃO contra os trabalhadores do Estado. Talvez fruto da sua própria falta de sorte por não poderem ter tido acesso a um posto de trabalho na Administração Pública, não sei! Mas porque conheço, por experiência própria, as duas realidades laborais, sei que em ambos os sectores (publico e privado) existem pessoas empenhadas, competentes e merecedoras do lugar que ocupam. Também é verdade que insolentes e incompetentes existem em todas as áreas de trabalho.
Aliás, creio que se pararmos um pouco para pensar, seremos capazes de perceber que se o país atravessa uma situação tão difícil, a CULPA é de TODOS NÓS. Porquê? Porque somos nós que votamos e elegemos políticos que GEREM MAL o nosso dinheiro, o dinheiro dos nossos impostos.
Se os políticos e os gestores públicos auferissem salários e pensões mais modestas e se fossem mais contidos na aquisição de carros de luxo, de viagens de "Falcon" para grandes comitivas, etc., etc., etc.,.... o país não estaria como está.
O problema é que as grandes decisões públicas, nos dias que correm, são tomadas para GANHAR ELEIÇÕES e não para DAR RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DO PAÍS E DOS PORTUGUESES. Essa é que é a verdade!!!!!! Mas quando toca a apertar o cinto.... estão lá os trabalhadores do Estado. Não, não. Não me refiro aos políticos nem aos gestores públicos que recebem duas e três pensões e vencimentos milionários... refiro-me aos trabalhadores das categorias mais baixas, aos que têm ordenados miseráveis. Os contínuos, os administrativos e os técnicos. Esses é que representam a grande fatia dos trabalhadores do Estado. E são esses os mais sacrificados. Porque os outros... são intocáveis!!!!! Estas situações "PRIVILEGIADAS" é que os portugueses deveriam ver, analisar e ser capazes de modificar.
haja alguém que tenha a mesma opinião que eu, estava a ver que não, livra
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