Confesso-me admirada com o desfecho de uma relação amorosa que, aos olhos de todos nós, parecia ser apaixonada, próspera e duradoura.
Um casal amigo partilhava constantemente e de forma pública, nomeadamente no Facebook, declarações de amor e juras eternas.
Nós, que presenciávamos estes gestos carinhosos, sentiamo-nos felizes por ainda haver relacionamentos que, apesar de já terem alguns anos, ainda mantinham acesa a chama do amor. Eu, particularmente, achava esta partilha de "mimos" muito amorosa.
Há uns dias atrás e de forma repentina, fui-me apercebendo de que algo de errado se estava a passar.
Deixou de haver troca de comentários entre ambos e foram aparecendo uns desabafos aqui e ali. Um deles fez-me pensar.
O Manuel dizia que, por vezes, mantêm-se relacionamentos amorosos apenas por comodismo. Por falta de coragem para mudar de vida, para começar tudo de novo. A rotina vai-se instalando e o casal deixa-se andar, assim, ao sabor da corrente.
Pelo que pude compreender, foi o Manuel que resolveu mudar de vida. Apostar na sua felicidade, quebrar definitivamente com aqueles laços já gastos, procurar ser feliz e fazer alguém feliz.
O meu bem haja Manuel, pela sua coragem e determinação.
Creio que só assim é que a vida faz sentido.
Muitos são os casais que se desculpam com o facto de existirem filhos. Essa é a justificação apontada para evitarem uma separação.
Eu pergunto: será preferível os filhos crescerem na companhia de duas pessoas que se traem, que são indiferentes uma à outra, que discutem e se agridem verbal e fisicamente ou que pura e simplesmente se ignoram?
Parece-me que não. De todo. Os filhos, o que realmente pretendem é ver os pais felizes... juntos ou em casas diferentes.
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