Há uma crise de poder. Do seu exercício. Quem o tem receia usá-lo. Tem medo de o perder. Acaba por esvaziá-lo. Em Portugal existe muito poder sem autoridade e autoridade sem poder. Sobretudo na arena política. Há ministros sem autoridade. E sombras poderosas.
Há uma espécie de cobardia. As pessoas têm medo de exercer o poder, não querem comprometer-se. Receiam perder adeptos. Adiam decisões difíceis, aquelas que geram protestos. O poder gera inimizades. O medo de exercer o poder leva ao esvaziamento desse mesmo poder. Se um miúdo faz asneiras, há pais que nada dizem. Há uma frase assim: "há pais que gostam tanto dos filhos que até lhes batem."
É exagerada, mas transmite a ideia. Ao quererem ser aceites por todos, as pessoas demitem-se do exercício do poder. JNeg. 11.8.2010
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