Na nossa cultura é habitual aproveitarmos a realização de alguns eventos para festejarmos com os nossos familiares e amigos. É o caso do nascimento de um filho, do seu baptismo, da conclusão da licenciatura, do seu casamento, etc...
Todas estas situações representam momentos de satisfação, de alegria e de regozijo. Não é comum, entre nós, festejarmos a morte de um ente querido, por exemplo. E parece-me compreensível, porque encaramos esta fase difícil das nossas vidas como a perda de alguém que não voltaremos a ver. Como uma última despedida.
E é mais ou menos com este sentimento que damos por concluída uma relação afectiva, independentemente de ter durado 5 anos ou toda uma vida. Este sentimento de perda subsiste em todas as separações.
Não consigo deixar de sentir-me confusa com tudo isto. Mas por que motivo não havemos nós de celebrar o final de algumas relações amorosas?
Se as partes envolvidas se dão mal, discutem dia sim dia sim, andam aos tabefes, insultam-se mutuamente, têm amantes (eles e elas), etc...
Não haverá aqui um motivo que justifique a comemoração do final da união?
Se um dia me visse confrontada com uma situação penosa como esta, eu faria isso. Porque entendo que a nossa paz de espírito não tem preço; Porque me parece que os nossos filhos não têm que ser forçados a presenciar episódios lamentáveis como estes; Porque creio que todos nós mereçemos uma segunda oportunidade para sermos felizes.
Como é do meu conhecimento que abundam por aí relacionamentos com estas características... deixo-vos algumas sugestões para o bolo principal da cerimónia.
Meditem sobre o assunto...
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