Todo o contorcionismo político a que o PS se tem dedicado, não nos últimos dias, nem nas últimas semanas, nem mesmo nos últimos meses, mas nos últimos anos, chegou agora ao fim. Por muito que tente disfarçar com retórica patriótica, José Sócrates viu-se forçado a reconhecer aquilo que in pectore não podia ignorar: o projecto político socialista falhou. Falhou na economia - que não cresce; falhou nas finanças - que implodem; falhou na coesão social - que é sacrificada; falhou na coesão territorial - que continua ignorada; falhou no investimento público - que nunca saiu do papel.
E agora, não temos dinheiro para os salários - reduzam-se. Não temos dinheiro para as pensões - taxem-se. Não temos dinheiro para obras - suspendam-se. Não temos dinheiro para a saúde - corte-se nos medicamentos e na ADSE. Não temos dinheiro para os excluídos - corte-se no RSI. E ainda falta? Pois aumente-se o IVA, tragam-se receitas extraordinárias - sim, essas que em tempos eram anátema - da PT. Parece que é necessário. Necessário será reconhecer que chegámos a este ponto após quinze anos de governo praticamente ininterrupto do PS. É tempo de virar a página - e já vai tarde.
Albergue Espanhol
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