16 de novembro de 2010

Refugiados do clima

O Conselho Português para os refugiados dedica congresso aos deslocados pelas alterações climáticas. Decorreu hoje, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.


O termo "refugiados" só por si... é dramático. Traz-nos ao pensamento memórias dolorosas. Pessoas que abandonam o seu país para escapar a perseguições, condenações, guerras, etc. Como se não fosse já bastante elevada a tradução, em números, destes movimentos populacionais e em particular dos casos associados a refugiados provenientes de regiões do globo onde existem conflitos armados, surge recentemente uma nova terminologia para os deslocados de áreas do mundo onde ocorrem catástrofes naturais, provocadas pelo aquecimento global - os refugiados do clima. 
Alertas efectuados pela organização ambientalista Greenpeace revelam que o aquecimento do planeta poderá causar 250 milhões de refugiados até 2040. É uma situação bastante preocupante. Os efeitos climáticos fazem-se sentir de forma cada vez mais célere. A natureza dá cada vez menos tréguas.
Os habitantes das zonas mais pobres do mundo ficam sem nada. A mãe natureza destrói-lhes tudo. Mata-lhes a família e deixa-os sem trabalho. Sem forma de subsistir, fogem aos milhares.
Este tipo de refugiados não goza de protecção política. A sua condição não é, ainda, devidamente reconhecida. É de realçar que a população dos países menos desenvolvidos pouco ou nada contribuiu para o aquecimento global. Contudo, são os primeiros a sofrer severamente as consequências. A pagar um preço demasiado elevado. Recorde-se que as alterações climáticas se devem às emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, provocadas pelo homem.
Enquanto isso, e em vez de desenvolverem esforços para ajudar estes países a adaptarem-se às consequências destes fenómenos climáticos, as nações industrializadas optam por ignorar a existência destes deslocados.
É fundamental que os organismos que detêm competências para o efeito - é o caso, por exemplo, do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) - se debrucem sobre esta nova realidade e encontrem soluções de prevenção para evitar o seu agravamento. O sinal vermelho foi accionado. Urge, agora, que a comunidade internacional tome medidas rápidas e eficazes.

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