Nos dias que correm, por uma questão de realização pessoal e até pela necessidade de, no casal, ambos contribuírem para as despesas do agregado familiar, homens e mulheres esforçam-se por ser bem sucedidos profissionalmente. É comum, mesmo em profissões que eram exercídas apenas por homens, ver algumas senhoras cumprir os seus deveres profissionais com mérito e dignidade. Muitos são os sectores de actividade que, independentemente do género, o que pretendem é recrutar recursos humanos qualificados para desempenhar tarefas que, até à muito pouco tempo, eram consideradas "masculinas". É o caso, entre outros, das forças armadas e de segurança, dos bombeiros, das empresas de transporte de passageiros e de construção civil.
As diferenças começam a esbater-se mesmo em áreas de actividade onde os elementos masculinos eram a maioria (medicina, engenharias, matemática aplicada, etc.). O sector da Justiça não é excepção. Aqui, a "guerra dos sexos" tem vindo a ser ganha continuamente pelos homens: os juízes são mais que as juízas, os procuradores predominam sobre as procuradoras e os delegados prevalecem relativamente às delegadas. Porém, neste domínio profissional, como em muitos outros, a supremacia do sexo masculino tem os dias contados. A escalada feminina da Justiça avança pelas salas de audiência, em particular, e pelos tribunais, em geral. A maioria dos funcionários de justiça... são mulheres!
As portuguesas são, aliás, das mulheres que mais trabalham na Europa mas, mesmo assim, em Portugal, a maior parte das senhoras recebe, em média, menos do que os homens. As desigualdades ainda são gritantes. Basta proceder à comparação dos salários médios recebidos por ambos os sexos. Mas numa sociedade em que existem cerca de 90 homens para cada 100 mulheres, alguns avanços foram, entretanto, conseguidos.
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