... é terrível! É uma situação difícil de ultrapassar e que pode acontecer a qualquer um de nós. Falo por mim. Trabalhei em regime de contrato de trabalho a termo certo durante 10 anos e, por duas vezes, vi o meu contrato ser interrompido por alguns meses, para não perfazer os três anos de serviço que me permitiam passar ao quadro, com nomeação definitiva.
Confrontada com aquela situação, dirigi-me ao Centro de Emprego e aceitei o primeiro trabalho que me foi oferecido. Já vivia sozinha, na altura, e tinha um filho pequeno a meu cargo. Não podia dar-me ao luxo de recusar trabalho.
Creio que este seria o procedimento normal de qualquer pessoa que precisa, realmente, de trabalhar. Se alguém está desempregado e quer sair urgentemente dessa situação, desunha-se diariamente à procura de uma ocupação. A regra é aceitar o que aparece e, mais tarde, optar por uma situação mais confortável e melhor remunerada.
O problema é que nem toda a gente age dessa maneira. Há imensas pessoas que estão no desemprego porque se habituaram, perdoem-me a expressão, a limpar esquinas, a mandriar. Não querem fazer nada e vão-se deixando andar assim por tempo indeterminado.
Ah e tal, este emprego não quero porque o vencimento é muito pequeno; aquele trabalho não dava para mim, é muito longe!; e vão-se deixando estar com o rabiosque na cama a receber subsídio de desemprego.
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