Nos tempos que correm e, em particular, para os que vivem nas cidades ou nas áreas confinantes, é cada vez mais difícil dispor de tempo para a família. Para os que nos são mais próximos. Devido às muitas exigências profissionais, os pais têm cada vez menos tempo para estar com os filhos e, para além destes, das preocupações e problemas que lhes são característicos, vêem-se muitas vezes confrontados com questões relacionadas à assistencia na velhice e na doença dos seus próprios pais. Sem condições económicas para tê-los devidamente acomodados em instituições adequadas para receber e tratar as pessoas mais idosas, desdobram-se em sacrifícios, partilhados entre irmãos (quando existem), para poderem dar-lhes alguma qualidade de vida.
Não é fácil fazer uma gestão adequada de todas estas situações. Os encargos acumulam-se (casa, carro, infantário, livros, médico, impostos, alimentação, etc.) e levam à loucura muitos chefes de família. Torna-se cada vez mais premente estabelecer prioridades. Sermos capazes de renunciar a muitas das coisas de que gostamos, para que nos possamos disponibilizar, em prol do "outro".
Afigura-se, portanto, cada vez mais necessário dar qualidade ao tempo que passamos com os nossos. Mais, encontrar um equilíbrio entre o tempo que se passa no local de trabalho e aquele que a família implica e necessita.
Por alguma razão, é cada vez mais elevado o número de jovens que decidem viver sós. Recusam os compromissos e encargos inerentes à manutenção de uma família. Não querem filhos. Vão tendo conhecimento, através dos relatos produzidos pelos amigos, das situações complicadas que estes vivenciam e não desejam passar pelo mesmo.
Por algum motivo a população portuguesa apresenta um número cada vez maior de idosos. Os responsáveis pelo país vêm a público manifestar a sua preocupação relativamente à baixa taxa de natalidade verificada em Portugal mas, esquecem-se de proporcionar, aos jovens, as condições de que necessitam para constituir família e ter filhos.
Ao mesmo tempo que vão sendo divulgados os ganhos avultados de alguns empresários portugueses, as associações empresariais manifestam alguma preocupação com os dias de descanso dos trabalhadores portugueses. Entendem que, para "combater a crise" (?!?), deviam ser abolidos alguns feriados do calendário.
Ao mesmo tempo que vão sendo divulgados os ganhos avultados de alguns empresários portugueses, as associações empresariais manifestam alguma preocupação com os dias de descanso dos trabalhadores portugueses. Entendem que, para "combater a crise" (?!?), deviam ser abolidos alguns feriados do calendário.
Será que "a crise" (que pelos vistos é só para alguns) serve de justificação para tudo? Será que estas pessoas só pensam em facturar? Não se lembram que é nestes feriados que, em acumulação com os dias de férias a que legalmente têm direito, estas pessoas conseguem dois ou três dias para estar com a família? Estaremos nós a retroceder ao tempo da escravatura? Afinal o que pretendem? Que os jovens tenham filhos mas que os deixem ao abandono? Que deixem os pais, já idosos, morrer sós? Oh Deus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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