Quem faz o percurso para o local de trabalho nos transportes públicos, como eu, sabe do que falo. Todos os dias somos surpreendidos com uma situação caricata.
Esta manhã dirigi-me à estação do Barreiro, como faço habitualmente, para "apanhar" o barco para Lisboa. Estavam centenas de pessoas, na rua e ao frio, à espera que o próximo barco chegasse. Percebi logo do que se tratava. Estava um nevoeiro cerrado. A visibilidade era extremamente reduzida. Em dias como este e por precaução, a Solflusa reduz o número de ligações. Como pode compreender e apesar de as embarcações estarem equipadas com radares, é sempre muito perigoso fazer a travessia do rio naquelas condições.
Havendo atrasos ou interrupções nas ligações, as muitas centenas de pessoas que viajam diariamente vão-se amontoando, à espera que haja autorização para partir outro barco. É o caos!
Depois de integrar aquele amontoado de gente é impossível voltar atrás. Ficamos todos encostadinhos, quase sem podermos mexer-nos, a respirar o ar que o vizinho do lado expira.
Como estamos todos ao ar livre e porque a maioria das pessoas é muito bem educada, alguns aproveitam para fumar uns cigarritos enquanto aguardam. Eu que não sou fumadora, hoje fui forçada a fumar (de forma passiva), cerca de vinte cigarros em apenas sessenta minutos.
Entretanto, cheguei ao trabalho às onze horas. A vida dos pobres é tramada!
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