Que criança não faz isso? Usa o salto da mamãe em casa, se meleca com o batom vermelho que a mãe mais gosta, tira o lacinho que mãe acabou de colocar e arrumar no cabelo...
#lembrandodainfância
Lembro que uma vez era minha festinha de 1 ou 2 anos e minha mãe colocou um vestido rosinha em mim, a coisa mais linda, colocou um lacinho no cabelo, um sapatinho rosa da cor do vestido (era um rosa bebê) e daí me deixou andar pela casa até chegar os convidados. Daí começaram a chegar e perguntar por aquela piquetuxa e cadê eu?
...
Me acharam imersa na banheira batendo as mãozinhas na água! Minha mãe quis me matar. Mas ufa! Era uma bebê fofinha hehehe Ocorreu tudo bem...'quase' tudo... rss
Nunca ninguém me pegou ao colo, me embalou, tomou conta de mim e me levou até aos céus.
É assim que vou morrer, sem saber o sabor da acalmia da mente, da alma, como uma praia infinita de areia branca e águas transparentes, uma floresta de múltiplos verdes em que o vento deposita uma dança maravilhosa, numa melodia impossível de descrever.
Vou morrer virgem de tantas coisas, de tantos sentimentos e sensações que nunca provei, que não sei como são.
Se o destino existe, e se ele se prende com reencarnações sucessivas, a essa outra que virá um dia eu desejo a paz de espírito, sem assombros de fantasmas da infância, sem o peso de todas as responsabilidades e principalmente sem esta lucidez que, como um espelho gigante e multifacetado, mostra-me clara e nitidamente os meus erros, omissões e faltas.
Tenho saudades do que não conheço, mas que revejo na vida dos outros.
Tenho pena desta minha existência, desta passagem pela vida, tão imperfeita, tão pouco tantas coisas e tantas outras.
O irónico é que, desde que me lembro de ser gente, sonhei com esse colo, esse abraço protector, esse escudo contra o medo, as tempestades, os desgostos ridículos e as amarguras de lágrimas de raiva e de sangue. Sonhei-o a esse meu cavaleiro andante. Nada de especial, nada de fantástico. Apenas alguém suficientemente bom, inteligente e capaz de me amar como sou, de me conhecer para além do óbvio e de me cuidar, como se fosse um pedaço de jardim, um livro antigo ou uma peça sem outro valor senão o da saudade.
Luísa Castel-Branco
Todas as fotografias aqui publicadas, salvo alguma referência em particular, são retiradas da internet. Agradeço que me informem, via e-mail, caso alguma esteja protegida pelos direitos de copyright. Retirá-la-ei de imediato.
Almost all pictures posted here are taken from the internet. If you have copyright over any of them, send me an e-mail and I will take it out.
Ainnnnnn que lindaaa!!!
ResponderExcluirQue criança não faz isso?
Usa o salto da mamãe em casa, se meleca com o batom vermelho que a mãe mais gosta, tira o lacinho que mãe acabou de colocar e arrumar no cabelo...
#lembrandodainfância
Lembro que uma vez era minha festinha de 1 ou 2 anos e minha mãe colocou um vestido rosinha em mim, a coisa mais linda, colocou um lacinho no cabelo, um sapatinho rosa da cor do vestido (era um rosa bebê) e daí me deixou andar pela casa até chegar os convidados.
Daí começaram a chegar e perguntar por aquela piquetuxa e cadê eu?
...
Me acharam imersa na banheira batendo as mãozinhas na água!
Minha mãe quis me matar.
Mas ufa! Era uma bebê fofinha hehehe
Ocorreu tudo bem...'quase' tudo... rss
Ca*
Olá Camila (^_^)
ResponderExcluirObrigada pelo seu comentário.
Um beijinho
Beatriz